Separamos algumas dicas que podem ajudar a prevenir o Alzheimer desde a juventude.

A Doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo que provoca progressiva e inexorável deterioração das funções cerebrais, perda da memória, da linguagem, da razão e da habilidade de cuidar de si. Você com certeza já ouviu falar dela e que ela tende a acometer os mais idosos. Porém, cultivando certos hábitos desde já, você conseguirá reduzir bastante suas chances de desenvolver o quadro e assim prevenir o Alzheimer.

 

 

O quadro

 

A doença é apresentada quando o processamento de algumas proteínas do sistema nervoso central começa a não funcionar da forma como deveria ser. Aparecem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Essa toxicidade provoca a perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio.

 

A Doença de Alzheimer possui vários estágios de evolução, que acontecem de forma lenta e inexorável, ou seja, não há o que possa ser feito para barrar o avanço da doença. Após o diagnóstico, o tempo médio de sobrevida varia de 8 a 10 anos. O quadro clínico de Alzheimer costuma ser dividido em quatro estágios:

 

  • Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais.

 

  • Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia.

 

  • Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva.

 

  • Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.

 

 

Sintomas

 

O sintoma mais característico da doença é a perda de memória recente. Com a progressão, sintomas mais graves como a perda de memória remota (fatos mais antigos) vão aparecer. Além disso é comum manifestações de irritabilidade, falhas na linguagem, danos na capacidade de se orientar no espaço e no tempo.

 

São os principais sintomas do Alzheimer:

 

  • perda de memória para acontecimentos recentes;

 

  • repetição da mesma pergunta;

 

  • dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos;

 

  • incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;

 

  • dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos;

 

  • dificuldade para encontrar palavras que expressam ideias ou sentimentos pessoais;

 

  • irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.

 

(Ministério da Saúde)

 

 

A prevenção

 

Ainda não foi encontrado a razão dos motivos que causam o declínio cognitivo. Cientistas sabem que há um aumento da proteína chamada beta-amiloide próximo aos neurônios, que gera placas capazes de destruir as conexões entre as células.

 

Mas a boa notícia é que apesar de não ter cura, tem como prevenir. Algumas medidas simples ajudam – e muito – na prevenção.

 

  • Quem exercita o corpo tem um cérebro maior. Em pesquisas feitas pela universidades da Califórnia, foi calculado que o risco de desenvolver a doença caiu pela metade em pessoas que faziam exercícios.

 

  • Exercite diretamente o cérebro também. Leituras, cursos, jogos. Assim você estimula os neurônios a estabelecerem mais conexões entre si. A inatividade cognitiva aumenta em 19% o risco de ter Alzheimer.

 

  • Manter-se em forma é importante e evita danos às artérias que, com o passar dos anos, boicotam as atividades neuronais. Também é crucial controlar colesterol, pressão e diabetes.

 

  • Uma boa alimentação, rica em peixes, azeite de oliva, vegetais e castanhas resguarda os neurônios. Frutas vermelhas são bem vindas também.

 

  • Uma noite de sono sem interrupções é fundamental para manter a cabeça em ordem.

 

Hábitos saudáveis são essenciais para se viver bem e podem ajudar na prevenção do Alzheimer.

 

Fonte: Ministério da Saúde, Saúde Abril, Drauzio Varella e Associação Brasileira de Alzheimer.